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Livro, Psicologia: Fernanda V Bôas, Agora eu era o herói: estudo dos Arquétipos Junguianos no discurso de Chico Buarque

R$ 35,00
Descrição do produto

Título: Agora eu era o herói: estudo dos Arquétipos Junguianos no discurso simbólico de Chico Buarque

Autora: Fernanda Luiza Villas Bôas (?-2022)

Peso com a embalagem: 242 g

Frete: O preço de capa já inclui o valor do frete para todo o Brasil.

Dimensões: 21 cm x 14 cm x 1 cm

Categoria: Ciências Sociais, Psicologia. Outras áreas de interesse: Literatura (Poesia), MPB, Linguística, Comunicação Social (Semiologia).

Editora: Achiamé (Rio de Janeiro)

Ano da edição: 2010

Encadernação: Brochura

Orelhas: Sim. Em ambas, dados da autora e comentários críticos de Miguel Oniga.

Prefácio: Glória Lotfi

Idioma: Português (original)

Páginas: 120 p.

ISBN: 978-85-60945-72-6

Código de barras: 9788560945726

Estoque: 12 exemplares.

Estado de conservação: Novos, sem dedicatória, sem folhas arrancadas, sem qualquer uso ou dano.

Cadastrados em: 03.01.2024

Observação: O preço de capa é para cada exemplar.


Mais informações:


O talento poético de Chico Buarque, desde seu surgimento, em 1966, sempre foi um consenso. E, muito frequentemente, fala-se do significado político da música de Chico. Ocorre que a excessiva ênfase nesse enfoque levou a que muitos outros aspectos, ricos e diversos, ficassem um tanto em segundo plano, na apreciação da poética do autor. No entanto, no estudo de Fernanda Villas Bôas, sobre a poesia de Chico Buarque, embora os aspectos de crítica político-social sejam mencionados, não o são em primeiro plano. De modo original, a autora realiza uma apreciação que conecta os conceitos do psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung (1875-1961) à poesia de Chico. E, conforme o título sugere, a ênfase recai sobre a presença dos arquétipos junguianos na obra do compositor.


Os arquétipos, segundo Jung, localizam-se no inconsciente coletivo . E tanto os arquétipos quanto o próprio inconsciente coletivo são conceitos que não se explicam pelas tradições das diversas culturas. Situam-se num plano que, pode-se dizer, transcende ao desta realidade histórica.


Fernanda Villas Bôas, falecida em 2022, foi uma psicoterapeuta junguiana, graduada e atuante, possuindo também títulos de Mestrado em outras áreas: um deles, obtido numa universidade de Londres. Tornou-se professora de inglês, tendo ainda pós-graduação em Língua Portuguesa e em Comunicação Social. Outrossim, ela própria, além de ensaísta, foi poeta, com sete livros de poesia publicados.


Desse modo, Fernanda se debruça sobre a lírica de Chico Buarque e a analisa, tanto pela óptica junguiana quanto pela perspectiva da Crítica Literária e da Linguística (matéria da qual se revela profunda conhecedora). Nesse ponto, a obra é extremamente significativa. Pois, o objetivo principal da autora não foi, a princípio, o de realizar um estudo estético da poética de Chico Buarque. Ela emprega as letras de Chico de maneira um tanto similar ao que fez a notável Dra. Nise da Silveira (1905-1999). Isto é, a Dra. Nise, ao analisar as obras de artes plásticas de pacientes psiquiátricos, reconhecia os conceitos e elementos presentes nas teorias junguianas.


Porém, conforme mostrará Fernanda, não é apenas o que sofre com problemas psíquicos que consegue ultrapassar a fronteira do inconsciente individual e chegar ao coletivo; da leitura, facilmente podemos concluir que poetas também o fazem. Embora Fernanda concentre seu estudo em Chico Buarque, é fácil supor que tal levantamento poderia ser realizado em relação ao trabalho de muitos outros, desde que fossem verdadeiros poetas, pois somente os verdadeiros transcendem os limites e penetram no obscuro, no que para os demais se mostra completamente insondável.


Chico certamente terá sido o escolhido por Fernanda, em virtude de sua diversidade temática. E essa variedade é tanta, que a escritora, muitas vezes, encontra mais de um texto para utilizar, apropriadamente, como exemplo de certos arquétipos.


A propósito, para quem aprecie Chico Buarque, o livro oferece inúmeros e significativos trechos das letras do compositor. Trata-se de um trabalho belo e admirável, pois Fernanda revela grande sensibilidade e capacidade de interpretação dos mais diversos poemas musicais de Chico Buarque. E, sem dúvida alguma, fica mais do que demonstrada a tese de que vários dos arquétipos junguianos se encontram, em fartura, na obra do compositor. Entre outros, estão lá: a Anima, o Animus, o Pai, a Grande Mãe, o Velho Sábio e, claro, o Herói que merece um capítulo especial. Fernanda falará também do Self e suas representações, bem como, dos opostos bipolares (como a Persona e a Sombra) e muito mais.


Por outro lado, embora a apreciação estética não seja o principal escopo do ensaio, Fernanda termina naturalmente por fazê-la. Quem leia o livro sairá definitivamente enriquecido quanto à visão que tenha a respeito da obra de Chico Buarque. O volume, conciso, pode ser útil também a uma introdução às ideias de Jung. (R. A.)


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